RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ENSINO FUNDAMENTAL

by - junho 10, 2021

 


RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO  ENSINO FUNDAMENTAL


  1. INTRODUÇÃO

A inclusão da Sociologia como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio e suas habilidades para o Ensino Fundamental - anos finais, atende a uma necessidade de contribuir na formação dos estudantes, possibilitando aos mesmos a apreensão de conhecimentos acerca da realidade social. Significa, portanto, uma possibilidade efetiva de apreensão de conceitos e categorias de análise que permitam aos alunos pensar a vida social de forma mais aberta e plural. A Sociologia é, no caso, capaz de proporcionar subsídios para um diálogo aberto, que possa satisfazer as curiosidades e angústias presentes na vida desses alunos, uma juventude aberta ao mundo, cheia de angústias e expectativas. Isso ficou demonstrado durante o desenvolvimento do estágio supervisionado curricular cujo tema da aula atividade foi a regionalização do espaço mundial.

O estágio supervisionado tem por finalidade envolver o aluno, futuro docente, na prática da docência, na realidade das escolas e levá-lo à reflexão e à apreensão da relação entre a sociedade, a escola e a educação. Assim, o estágio pode constituir-se da regência de sala de aula e do acompanhamento dos processos burocráticos que cercam a vida acadêmica, bem como de outras atividades que cumpram as finalidades para as quais ele se propõe. Com isso foi completamente plausível o desenvolvimento das atividades deste relatório.

O estágio supervisionado no Ensino Fundamental anos finais teve como objetivos principais: analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais; Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania; Interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e Anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade.





  1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO ENSINO FUNDAMENTAL - 9º ANO

    1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA

O Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental anos finais foi realizado na Escola Evangélica Dinalva Barros , localizada na cidade de Grajaú, no estado do Maranhão. A instituição de estágio oferta atendimento no período matutino e vespertino. O estágio foi realizado durante o período de 16 de novembro de 2020 a 18 de dezembro de 2020.


  1. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO

    1. ASPECTOS LEGAIS

A Escola Evangélica Dinalva Barros é uma instituição privada que tem por finalidade promover atividades de caráter educacional e cultural. Atende a Educação Básica nas etapas de ensino: Educação Infantil e Ensino Fundamental.

  1. MISSÃO

Desenvolver ensino de qualidade voltado à educação que oportunize a reconstrução contínua de conhecimentos e a interação com o mundo para o exercício da cidadania.

  1. VISÃO

Ser uma instituição de reconhecida excelência em educação, que possibilite o desenvolvimento do ser humano em todas as suas dimensões.

  1. SEDE

A sede da Escola Evangélica Dinalva Barros está localizada na Rua 21 de Abril nº 202 no Bairro Rodoviário da cidade de Grajaú no Estado do Maranhão.



  1. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O estágio se iniciou no contato com a Escola Evangélica Dinalva Barros. Primeiramente com a apresentação da equipe gestora e posteriormente o aspecto físico-estrutural e social da escola, além de outras características fundamentais nesse processo de observação, sendo realizada a primeira etapa do estágio.

No decorrer da rotina do estágio, houve a apresentação do professor supervisor Wilson Douglas da Silva Jacos, e assim, o contato com a turma do 9º ano com a disciplina de Geografia, em seguida, foram apresentados os conteúdos trabalhados pelo professor.

 Depois da observação das aulas ministradas pelo professor supervisor, o plano de aula equivalente ao período de estágio foi apresentado ao estagiário, possibilitando um outro plano elaborado pelo mesmo incluindo atividades de reflexão, redação, pesquisa e oficina, havendo assim uma participação nas aulas com o consenso e observação do professor supervisor. 

É importante lembrar que o processo de contato com turma, observação e atividade aconteceram exclusivamente de forma remota por conta da situação  de pandemia da covid-19.

Com as atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado, como descrito no Plano de Ação, foi possível, juntamente com os alunos da turma do 9º ano analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais. Com isso, obedecendo a aprendizagem no que diz respeito ao conceito de região, que se refere à diferenciação de áreas. Ou seja, as regiões podem ser determinadas segundo critérios naturais, estabelecendo as diferenças de clima, vegetação, hidrografia, relevo, fauna, economia, entre outros que irão evidenciar a forma e o padrão de vida dos habitantes de cada região.

No momento seguinte os alunos analisaram os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania. Dialogando também com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC - EF09GE11) que trata das principais características das Revoluções Industriais. Pois em meio às transformações e impactos do processo de industrialização, que demandaram pelo uso intenso de recursos naturais, existem ainda no mundo inúmeras comunidades que buscam manter suas tradições e conservam uma relação de uso dos recursos naturais de maneira sustentável, e acabam por representar uma espécie de resistência (SIMIELLI 2014).

Os alunos também praticaram a habilidade de interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos e apresentar dados e informações sobre diversidade.

A literatura consagrada à regionalização do espaço mundial é bem abundante, sobretudo em Relações Internacionais e em Economia (MOREIRA 2015). Outras disciplinas concederam a esses temas trabalhos menos numerosos, especialmente a História e a Sociologia, ou demonstraram interesse mais recentemente, caso da Geografia (SANTOS 2000). Muitas análises, sobretudo em Geografia e em Economia convergem na ideia de que a mundialização não aboliu a geografia. Algumas restrições espaciais, dentre as quais a distância, continuam a pesar sobre as trocas entre as diferentes partes do mundo (CROZET; LAFOURCADE, 2009). Alguns autores chegam a expressar de maneira radical uma certa desconfiança em relação ao conceito de mundialização.

Segundo Hettne e Söderbaum (2000) as ciências sociais devem ir além daquilo que eles chamam de “mistificações do conceito de mundialização” e que a mundialização não deve ser tomada pelo seu valor nominal”.

Na esteira dos debates vigorosos sobre o caráter desejável ou não da regionalização (NEWFARMAR, 2005; MASHAYEKI E ITO, 2005) existem muitos pontos de divergência, em particular sobre a maneira de inserir esse processo no espaço e no tempo. Isso se deve ao fato de que a abundante literatura fluorescente dedicada a ele apresenta um ponto fraco. Não há consenso sobre a definição de certos termos e expressões, embora fundamentais, que representam a estrutura conceitual de todas estas análises.






  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sempre pautado pela construção do conhecimento, o estágio supervisionado do curso de Licenciatura em Sociologia – segunda graduação da UNINTER foi desenvolvido durante os dois últimos meses do ano de 2020, sendo possível desenvolver atividades que extrapolam a prática de simplesmente se “ministrar aula”. Vivenciamos situações adversas que também fazem parte do cotidiano escolar e contribuem para a formação de profissionais habilitados e capazes de auxiliar os alunos a compreender a dinâmica da sociedade.

A escolha das atividades a serem desenvolvidas, bem como a elaboração do plano de ação já citado tiveram a participação efetiva dos alunos da turma do 9º ano do ensino fundamental anos finais e do professor da disciplina de Geografia.

O contato com a turma, observação das aulas e atividades desenvolvidas, aconteceram exclusivamente de forma remota devido a situação do isolamento social por conta da pandemia da covid-19.

Nesse sentido, conclui-se que o estágio supervisionado curricular pode ser parte de um processo mais amplo, envolvendo não só a sala de aula, mas a escola e a comunidade (FREITAS, 2007), incluíndo práticas pedagógicas com desafios enfrentados no cenário atual de pandemia, permitindo aos estagiários uma apreensão mais ampla da realidade escolar e que, futuramente, deverá fazer parte de sua própria realidade, na medida em que é nesse ambiente que exercerá suas atividades profissionais. 




  1. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

CROZET M., LAFOURCADE M. La nouvelle économie géographique, Paris, La Découverte, coll. Repères, 2009.

FREITAS, R. A. de. Estágio Supervisionado: espaço privilegiado de formação na licenciatura em Ciências Sociais. XIII Congresso Brasileiro de Sociologia, Recife PE. 29 de maio a 1º de junho de 2.007 (Mimeo). 

MOREIRA, J. C.; SENE, Eustáquio de. Projetos múltiplos: Geografia. São Paulo: Scipione, 2015.

PENA, R. F. A. "Industrialização e seus efeitos"; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/industrializacao-seus-efeitos.htm.> Acesso em 07 de março de 2021.

PERRAULT, G. O livro negro do capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999.

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento crítico à consciência universal. Rio de Janeiro. Record, 2000.

SIMIELLI, M. E. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2014.



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